História da Podologia

      9/9/2004

Todas as matérias que constam desta pesquisa são comprovadas através de documentos escritos, tais como jornais, dentre eles diários oficiais, Certificados, Diplomas, Carteira de Trabalho emitida pelo Ministério do Trabalho, Informativos e Atas da Associação Brasileira de Podólogos - ABP.
      Quando citados trechos de documentos, a ortografia é a mesma da publicada nos documentos pesquisados.

      Na pré-historia, os antecedentes pré-históricos dão indícios de que possivelmente a Podologia surgiu na pré-história (com a aparição dos primeiros). A partir disso, podemos deduzir que a Podologia surgiu a cerca de 5 milhões de anos, quando o homem ficou em posição ereta. Uma série de modificações em cadeia foi iniciada em todo o corpo a adaptação anatômica. As primeiras civilizações de que se têm foram as da China e do Egito. Foi quando o homem começou a caminhar. Com o passar dos tempos, os desnivelamentos e acidentes geográficos de terrenos afetaram extremidades inferiores, provocando malformações e infecções. Houve aí a necessidade de recorrer a práticas rudimentares para manter equilíbrio e facilitar a locomoção em condições seguras. A profissão foi batizada com diversos nomes no decorrer da história.

      Em 54 DC, na época da perseguição ao Cristianismo, Cayus era soldado de Nero e calista oficial de sua esposa, Popea. Cayus devia realizar um trabalho de calista com eficácia nos pés de Popea, pois a mesma era conhecida como uma pessoa de péssimo humor junto a seus criados.
      No Egito, há uma Pirâmide que reproduz um 'calista' tratando de um paciente. Os soldados romanos, ao voltarem dos campos de batalha, entregavam seus pés aos 'quitacallos'.

 REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DA PODOLOGIA NA ITÁLIA

As referências históricas na Itália aparecem no século XVII. Professor Yacobus Maximus, nascido na Itália, afirmava em 1622 que "sua famosa pedra SAFONYA era excelente para o tratamento dos calos dos pés".

No século XVIII é de muito significado para a ortopedia, Nicolas Andry (1658 1742) que escreve o primeiro livro dedicado exclusivamente a esta especialidade onde aparece pela primeira vez o termo "ortopedia".

Na segunda metade do século XVII, o calista ambulante desapareceu e foi substituído pelo callista estabelecido com uma atitude muito mais profissional.

 REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DA PODOLOGIA EM INGLATERRA

A podologia teve um grande florescimento na Grã-Bretanha do século XVIII. Foi decisiva a influência de várias famílias que se dedicaram, exclusivo, à realização desta arte.

A mais conhecida foi a família de Abraham Durcacher, Abraão foi sucedido pelo seu filho Lewis que agiu como cirurgião quiropodista dos reis da Inglaterra e da Rainha Vitória.

F.G.V. Runfing, quiropodista, é considerado o fundador das práticas correntes de quiropodia.

Foi o primeiro presidente da Sociedade Britânica de Quiropodistas em 1913.

Em 1919, a escola de quiropodia do London Foot Hospital foi fundada por MR. N. C. Lake, cirurgião ortopédico, inglês de prestígio, que desempenhou um papel importante no desenvolvimento do centro. Foi em 1938 que a British Medical Association reconhece formalmente a quiropodia.

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DA PODOLOGIA NA FRANÇA

A podologia Francesa é muito mais recente. saiu do campo da simples higiene até o dia em que os cirurgiões começaram a se especializar nela durante o reinado de Luis XIV.

Talvez antes desta época existissem profissionais cujo nome não chegou até nós.

É possível que o uso do sapato pontiagudo e do calcanhar alto, bem como o emprego das meias de seda que começaram durante os reinados de Luis XIV, Luis XV e Luis XVI, determinassem um aumento considerável das doenças do pé, nas aulas nobres e burguesas, incitando assim os cirurgiões a especializar-se em Podologia (Wallet).

Tal como disse o Dr. Bazy: "A cirurgia é um ofício, não uma arte e muito menos uma ciência", mas curiosamente foi exercida por homens de grande mérito profissional de uma grande independência, e de uma grande honestidade no seu que fazer O que você sabe?

É um mérito de Mareschal, cirurgião primeiro de Luis XV, ter compreendido a necessidade do ensino cirúrgica, abandonada até lá ao mais completo empirismo.

Os cirurgiões pedicuros dos reis da França, Rousselot e Larforest, são os mais conhecidos e sua fama chegou até nós.

Antes deles, Mitton, Duval, Auray e Pousse encontraram remédios para hiperqueratose e chegaram a adquirir uma certa renome.

Em 1.762, Rousselot publicou uma obra intitulada " Novas observações sobre o tratamento dos calos ", e em 1.769, outra com o título de " Tratado sobre cuidar dos pés ", que continha um tratado sobre os calos, Verrugas, durezas, joanetes, sabañones, acidentes das unhas e suas deformidades. Uma segunda edição foi publicada em 1.782.

A obra de Laforest é de uma ótima qualidade, pois hoje é interessante de ler hoje.

Muitos pedicuros ainda encontrariam hoje, saudáveis conselhos.

Depois desta época de esplendor para a profissão veio a revolução Francesa, e a podologia caiu no esquecimento, embora sempre houve pedicuros que continuaram a exercendo a sua profissão.

Um século depois, o pé Fino voltou a ficar na moda e a dinastia dos Galopeau recuperou o prestígio. A partir de 1.902, ocorreram duas tendências:

1º A dos Galopeau, que se orientavam livremente para os cuidados dos pés, tal como se realizava na época anterior à revolução Francesa: os cuidados dos pés eram realizados por profissionais pedicuros e dentistas livres, nem diplomados nem médicos.

2º A tendência do Dr. Berthet, que procurou a especialização dos médicos em podologia.

 REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DA PODOLOGIA NA CHINA

Os pedicuros chineses são uma instituição antiga, mas mais recente. Os chineses começaram a deformar os pés das mulheres há mais de três mil anos. Para que essa mutilação?

As opiniões são divididas. O professor Toubert atribui-o a que a Imperatriz da época tinha os pés zambos e como lhe incomodava ser a única deformada, decidiu que todos os seus súditos tivessem um estado semelhante ao seu.

Mas há mais explicações que o Dr. Fournials cita. Durante os séculos, o Império Medo foi submetido a terríveis invasões. As mulheres eram raptadas e com estas deformações os chineses criavam dificuldades aos raptores:

" Se nos roubarem as mulheres, faremos com que não possam andar e fará falta tal número de carros, que acabarão por deixá-las."

Outra versão: a visão e o contato com um pé pequeno teria entre os chineses um poder afrodisíaco.

Finalmente, uma versão que pode ser mais lógica. Tal como os orientais por motivos sócio-culturais "engorda" as suas mulheres, e certas tribos da África Equatorial produzem deformações horríveis às suas mulheres com pratos; pela mesma razão, os chineses deformam os pés das mulheres.

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DA PODOLOGIA NO EGIPTO

Muitos dos conhecimentos que nos chegaram da Antiguidade, obtemos-los a partir de textos hieróglifos conservados no Egito antigo, incluindo papiros de conteúdo médico com anotações cuidadosos dos avanços terapêuticos.

O pedicuro existia no Egito antigo, segundo encontro o Dr. Wallet, que diz ter visto um finamente gravado na parede de uma das câmeras mortuorias, que existem na vizinhança das pirâmides de Saosali, ocupado em dispensar os seus cuidados aos pés de um ministro. Além disso, a observação de baixo relevo no estudo dos cadáveres mumificados, revelam patologias podológicas tão ancestrais quanto o pé Zambo, a Polielite, e a acondroplasia, processos já conhecidos quatro mil anos antes de Jesus Cristo.

No Corpus Hipocraticum, escrito por médicos de Alenjadria, entre os séculos IV e I a. C., descobrem-se um grande grupo de doenças ortopédicas, como o pé varus equino, lesões traumáticas, etc. (Malagão, 1987).

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DE PODOLOGIA

Podologia é tão velha quanto o próprio homem. Ele existe há milhões de anos. Na falta de documentos, não se pode escrever a história, o que é tanto mais lamentável se se tiver em conta que, como diz Augusto Compte, não se pode conhecer bem uma ciência se desconhece a sua história.

Sabe-se, porém, que o homem pré-histórico já sofria de pés e que, por isso, teve que se submeter a cuidados com os pés. Como o professor Toubert aponta, os pés de homens pré-históricos foram encontrados com lesões idênticas às encontradas hoje em pés gotosos ou reumáticos e suas deformações características.

Através do conhecimento proporcionado pelas ciências paleontológicas, verificamos como, já na Pré-história, eram praticados tratamentos nas lesões de membros inferiores, geralmente essas lesões eram decorrentes da caça.

Se teus pés são grandes, como podem os criados saber se és a esposa ou uma escrava recém-adquirida? (Provérbio chinês)

Todo pé atado oculta um balde de lágrimas. (Provérbio chinês)

Claro que isso era doloroso, mas se você não enfaixava os pés, não achava marido. (Wang Yixian de 78 anos)

Em certas culturas, os pés femininos são considerados objetos de fetiche. Quanto menores forem mais estão associados à beleza. Quem não se lembra da história dos pés atrofiados das mulheres chinesas à custa de muita dor e sacrifícios, com o objetivo de agradar o sexo masculino, ou seja, encontrar maridos?

Segundo contam, esse costume bizarro, que passava de mãe para filha, surgiu com a intenção de imitar uma concubina imperial, que era obrigada a dançar na corte com os pés enfaixados. Talvez seja esse um dos costumes mais bárbaros da história da humanidade, em nome da beleza. Para alegria das mulheres das classes pobres, tal prática era privilégio apenas da elite, cujas mulheres deveriam ter pezinhos como os das bonecas, embora muitas mães pobres aplicassem tal técnica às filhas, interessadas em lhes arranjar esposos ricos.

A tradição chinesa de atar os pés das mulheres remonta ao século X d.C., tendo perdurado cerca de mil anos, e só sendo abolida com a chegada do governo comunista, em 1949, que obrigou todas as mulheres a desenfaixarem seus pés. E o que era visto como belo, passou a ser olhado com escárnio, trazendo sofrimento físico e moral para as mulheres mutiladas pelo costume tão impiedoso, onde agradar o homem era o que contava. E a regra de beleza virou-se ao contrário: ninguém mais queria as mulheres aleijadas. Quanto sofrimento em vão!

Assim que completavam três anos, as chinesinhas ricas tinham quatro dedinhos de cada pé dobrados em direção à sola, sendo o calcanhar também forçado para dentro, havendo a quebra de ossos, é claro. As ataduras eram apertadíssimas, pegando das pontas dos dedos até o calcanhar, levando à atrofia dos pés em 1/3 do tamanho normal, sendo que o tamanho ideal do pé, para aquela sociedade, correspondia a oito centímetros. É impossível imaginar a agonia daquelas crianças, cuja dor impedia-as até de comer, chorando desesperadamente.

As famílias, portanto, eram obrigadas a conter os pezinhos de suas filhas dentro de apertadas faixas, para que não crescessem, pois, os homens não escolhiam para esposa mulheres que tivessem os pés normais. Os pés pequenos estavam ligados ao erotismo, ou seja, funcionavam como se fossem órgãos sexuais, chegando a ser a região do corpo mais proibida, de modo que somente o marido poderia ter acesso a eles.

Ao terem seus pés atados, uma rachadura ia se formando na planta dos pés das meninas. Tal deformidade excitava os homens, que enxergavam nos pés minúsculos uma forma de extremada beleza. As ataduras faziam com que eles ficassem arredondados, assemelhados ao tamanho da famosa flor de lótus. E, quando juntos, formavam uma segunda vagina, bem mais prazerosa do que a natural, achavam os chineses. Nos pés pequenos e mutilados encontravam maior prazer do que no contato com os órgãos sexuais femininos. Tudo neles estimulava o apetite sexual, inclusive o cheiro de mofo que provinha do uso das ataduras. Técnicas eróticas ensinavam como comer “o lótus dourado”, como a que induzia o homem a introduzir o pé descalço em sua boca.

A tortura pela qual passava a mulher chinesa não se resumia apenas à sua infância e juventude. Ao contrário, acompanhava-a durante toda a sua existência, pois, com os pés deformados, locomovia-se com extrema dificuldade, sendo mais suscetível a quedas e tendo maiores riscos de fraturar a coluna e bacia. Tal deformação dos pés das mulheres chinesas, vista como necessária ao prazer masculino, atestava uma prova da submissão feminina ao jugo masculino. Com os pés aleijados, a mulher não tinha como ir para longe ou abandonar o lar, sendo obrigada a permanecer sempre dentro de casa, sob a guarda do marido. Significando que, em razão dele, ela se submetia a qualquer tipo de dor e deformação.

Ainda que em menor grau, o costume de atar os pés até à deformação, também foi comum no Japão, no Tibete, na Coreia, na Indonésia e em outras partes da Ásia. Segundo o professor Francis Hsu, até os judeus que viviam na China, em tal período, abraçaram esse costume, também usado por homossexuais e travestis chineses.

Em seu livro “Nunca se case com uma mulher de pés grandes”, a escritora Mineke Schipper faz uma analogia entre os pés atados das chinesas e os altíssimos saltos usados pelas mulheres nos dias de hoje, correndo risco de vida, comprometendo-lhes a naturalidade dos movimentos e a própria sensualidade. Segundo Schipper, “ambas as práticas estéticas provocam deformações, restringem a liberdade dos movimentos e não são naturais.” Em ambos os casos, a mulher torna-se mais vulnerável, despertando o instinto protetor do homem, o que não deixa de ser, uma forma de subserviência.

Ortopedistas defendem que os pés, sejam eles masculinos ou femininos, necessitam de um salto de um centímetro para conforto da coluna. Condenam os saltos altíssimos usados pelas mulheres, uma vez que a altura dos mesmos não devem ultrapassar os quatro centímetros. Também abominam as chamadas “rasteirinhas”, destituídas de saltos. Por isso, tantos os sapatos com saltos acima de 4 centímetros e as rasteirinhas sem salto, são nocivos à coluna.

Na gravura acima, dois sapatos são apresentados. O primeiro é um sapatinho chinês, usado por uma mulher com o pé deformado. O segundo trata-se de uma plataforma arqueada, usada pelas modelos da griffe McQueen. Há muita semelhança entre ambos. Ou seja, não estamos tão distantes assim dos costumes bárbaros adotados pela chinesas de então.

Fontes de pesquisa:
Nunca se case com uma mulher de pés grandes/ Mineke Schipper
http://umportudo.blogspot.com.br/2011/10/antiguidade-chinesa-dos-pes-de-lotus.html
http://arquivoetc.blogspot.com.br/2009/10/em-paris-um-desfile-de-sapatos.html

No ano de 1500, os monarcas católicos fundaram o Protobarberato, uma instituição composta de barbeiros mais velhos que examinaram e credenciaram os barbeiros sangrentos e os diferenciaram do escritório de um barbeiro comum: "... não autorize ou permita que nenhum barbeiro ou qualquer outra pessoa coloque Armazenar para sangrar ou sangrar sanguessugas ou otários ou remover dentes ou molares, sem primeiro ser examinado pelos próprios professores.

Infelizmente, ao longo dos séculos, a profissão de barbearia, bem como outras relacionadas com a saúde, como bizmadotes, algebristas, batedores de catarata, farmacêuticos ou produtores de especiarias, foi perdida para sempre em benefício de os cirurgiões.

Bibliografia:

"Suturas e pequenas cirurgias para profissionais de enfermagem". Enrique Oltra
"Barbeiros e bleeders phlebotomian em Granada: norma e sociedade nos décimos sétimos e décimos oitavos séculos". Manuel Amezcua.

      Na França, no reinado de Luís XIV e Luís XV( Luiz XIV lançou o calçado de salto, e que o neto conservou e tem se nome, Luís XV ) a pedicuria começou a caráter próprio de profissão. Existiam 'quirópodos' exclusivos os reis e também havia um 'quirópodos' escritor, chamado de Rousselot, que editou uma obra impressa com o nome de 'Nouvelles Observations Sur Le Traitement des Cors'. Segue a literatura com outro 'quirópodos' importante, um deles, fundador da Real Academia de Cirurgia, que obra chamada 'L'art de Souhner Les Pieds'. Por volta de 1700, também a literatura começou a se ocupar da podologia e surge o livro intitulado 'L'art de Soigner Les Pieds', escrito pelo francês Laforest, mais conhecido como 'o calista'. Traduzido para o inglês com o título 'Quiropodologia', foi o primeiro livro de consultas em esclarecimentos sobre calos, verrugas, hiperqueratoses (calosidades), infecções das unhas e ilustrações de instrumentos usados até o início deste século.

Na arte da pintura tivemos pintores como Adrian Browre e David Tenier, que deixaram para a posteridade quadros que nos retratavam 'quirópodos'exercendo suas profissões.

      No seculo XVII na França, com muita pobreza e miséria nas ruas das grandes cidades, havia uma menina de 14 anos de idade com o nome de Clotilde Heristal que buscou refúgio no convento dos sacerdotes da 'Ordem de Santa Ana'. Ela passou a praticar o bem-estar no silêncio, a regime de pão preto (alimentação à base de pão e água), fazendo Pedicuria aos pobres e enfermos. Por este motivo passou-se a invocar 'Santa Ana' como patrona (padroeira) da Pedicuria.
      Na China havia os 'cirurgiões menores de aldeia', que emigravam para a Europa, principalmente para a França, e seus honorários eram mais elevados em relação aos dos 'quirópodos' franceses. Os chineses davam tanta importância ao 'Cirurgião' que o mesmo estudava junto a seu mestre (professor) por 3 anos, a fim de se tornar apto. No 1° ano aprendia a educar suas mãos e preparar o instrumental; no 2° ano trabalhava com o mestre a seu lado assistindo-o, sendo que somente no 3° ano lhes eram confiados pequenos cuidados aos pés e, vagarosamente, eram ampliadas as intervenções.
      Na América, os primeiros habitantes realizavam o atendimento a seus pés com instrumentos de pedras, que eles mesmos fabricavam, e este conhecimento levou à criação do Conselho Judicial da Associação Médica Americana, que emitiu o seguinte conceito: 'A Pedicuria é a primeira prática médica auxiliar em campo limitado'.

      No séc. XIX, chega à América do Sul, na cidade de Montevideo (Uruguai), o pedicuro Francês Puyamerou, seguido pelo italiano Digiuli e pelo espanhol Carmona.
      No Brasil, por não existirem documentos suficientes sobre a área, as pesquisas são baseadas em informações dadas por profissionais que continuaram exercendo a mesma profissão de seus pais e avós. Em arquivos da ABP - Associação Brasileira de Podólogos, encontra-se anúncio do jornal 'O Estado de São Paulo', do dia 21 de setembro de 1890, anunciando 'Luiz Keller, Operador de calos, unhas encravadas e deformadas. Rua de S. Bento, 59, interior, n.º 1 onde acaba de abrir um modesto gabinete para o exercício de sua profissão, sendo encontrado das 11 horas da manha às 4 da tarde'.

      No séc. XX, a instrumentação rudimentar usada nos séculos passados e início do XX consistia em canivetes e navalhas para desbastar calos e calosidades, cacos de vidro para raspar unhas, penas de patos ou de gansos para desencravar unhas, todos manipulados por homens conhecidos como 'raspadores e curadores de calos', 'operadores de calos' ou 'calistas'.

      Em 1930, a profissão começa a surgir dentro da legalidade no Governo Provisório de Getúlio Vargas, quando foi criada a CARTEIRA PROFISSIONAL DO TRABALHADOR, e para requerê-la era necessário ser sindicalizado para promover o andamento do pedido; e necessário se fazia também a comprovação da profissão através de atestados emitidos por sindicato ou por duas pessoas que exercessem a profissão atestada. Não sendo uma profissão reconhecida e sindicalizada, não existia prova de habilitação profissional. Dois anos depois, os calistas foram obrigados a se sindilizar ao Sindicato dos Oficiais de Barbeiros e Cabeleireiros do Estado de São Paulo. Logo a seguir, houve a necessidade de que esse mesmo Sindicato, em suas sedes, escolas para ensino do respectivo ofício. Posteriormente, somente aqueles que exibissem Certificado de Habilitação Profissional, emitido por escolas, poderiam ter suas Carteiras de Trabalho assinadas.

      A organização Americana Dr. Scholl, fundada pelo Sr. Frank J. Scholl, que chegou no Brasil em 1927, inaugurou sua primeira loja, na cidade de Rio de Janeiro, e em seguida, na cidade de São Paulo, na Rua do Arouche. O Dr. Scholl implantou o nome 'Quiropodia' (tratamento dos pés com as mãos) no Brasil, e seus profissionais formavam-se em sua própria organização, sendo que o primeiro professor, foi o Enfermeiro Pedicuro Sr. Moura. O curso tinha a duração de dois a três meses, com aulas teóricas e práticas, período esse passado, em que o aluno já começava a trabalhar nas lojas ou concessionárias do Dr Scholl. Esse sistema foi praticado até o ano de 1978.

HISTÓRIA DR.Scholl

Ciência ao serviço do pé

O fundador, Dr. William Mathias Scholl, queria percerber a estrutura e biomecânica dos pés em relação ao corpo - e a sua paixão ainda vive connosco nos dias de hoje.  1899

A nossa história começa em Chicago em 1899, quando aos 17 anos William vai trabalhar para uma pequena sapataria - especializando-se em calçado confortável. Intrigado pelo número de pessoas que encontrou com problemas e desconforto a nível dos pés inscreveu-se em medicina para aprender mais sobre o corpo humano. E mais especificamente sobre a anatomia e fisiologia dos pé. 1904

Após terminar os seus estudos em 1904, com 22 anos, já como Dr.Scholl pantenteia a sua primeira invenção: o Foot-Eazer. O Foot-Eazer era uma palmilha que se introduzia no interior do calçado para reforçar o arco do pé e foi revolucionária na sua época. Em 1907 fundou a sua própria empresa Scholl Manufacturing Co, Inc. 1912

Colocando a ciência no coração do desenvolvimento e invenção de novos produtos, em 1912 William Scholl fundou a faculdade de Chiropody and Orthopaedics em Illinois - que cedo se tornaria a instituição de ensino mais importante na área nos Estados Unidos da América. Ofereceu exames aos pés gratuitos e criou a  Annual National Foot Comfort Week. Nos anos 20, foi criada a primeira linha de calçado desenhado para cuidar da anatomia do pé. Uma década depois, Dr. Scholl traz as meias de compressão para o alívio dos tornozelos inchados e varizes. Em 1927 a tradicional marca chegou ao Brasil, comercializando seus produtos através de lojas franqueadas. Na década de 40, as palmilhas foram criadas e publicitadas, vindo a ser um dos bestsellers da companhia. Foi nos anos 60 que se deu o lançamento de um produtos que mudaria a empresa Dr.Scholl, as sandálias anatómicas Dr.Scholl Pescura. As sandálias conhecidas entre o público como “Scholls” converteu-se rapidamente pelo êxito internacional e que decoraram os pés de famosas como Twiggy e Jean Shrimpton que converteram estas sandálias num icone de estilo e conforto. En 1968, aos 86 anos, falece William Scholl. No entanto, o seu objetivo de melhorar o conforto, saúde e bem-estar da população através do cuidado dos pés e a sua preocupação perdura no tempo através da empresa Dr.Scholl. .

      Decorridos alguns anos, foi oficialmente legalizada a profissão exercida pelos enfermeiros propriamente ditos e pelos seguintes profissionais: parteiras, massagistas, duchistas, Calistas ou Pedicuras, onde no Parágrafo Único do - Lei publicado, lia-se: 'Os profissionais acima enumerados passarão a ser denominados: enfermeiras-obstétricas, enfermeiros-massagistas, enfermeiros-duchistas, enfermeiros-pedicuras'. Em um de seus Artigos, lia-se também: 'Os profissionais que apresentarem atestados devidamente autenticados, firmados... provando prática de enfermagem efetiva de cinco anos ou mais, anterior a 22 de janeiro de 1934, serão escritos como Enfermeiros Práticos Licenciados, no Serviço de Enfermagem...' 'Os enfermeiros-pedicuras poderão instalar sala de trabalho, guarnecida com os móveis e instrumentos estritamente necessários à sua especialidade e cuja abertura deverá ser autorizada pelo Serviço de Fiscalização do Exercício Profissional' 'Será obrigatório o registro dos diplomas e certificados de todos os profissionais' ' Os exames destinados a legalizar, na forma deste Decreto, a situação daqueles que vem exercendo a profissão de enfermagem, em qualquer dos seus ramos, sem registro de Fiscalização do Exercício Profissional do Departamento de Saúde, serão prestados perante o Serviço de Enfermagem'.

      Em 1941, um novo Decreto, introduz modificações no Decreto anterior, modificando a denominação Pedicura por Pedicuro, portanto, uma nova denominação: 'Enfermeiro Pedicuro'. Lê-se em um de seus Artigos: 'Não se aplicam aos Enfermeiros Pedicuros... as exigências, .... sendo suficiente para gozarem das regalias constantes do mesmo, que apresentem atestado comprovante de prática de Pedicuro, desde cinco anos de 22 de janeiro de 1934, assinado por três clínicos de nomeada, a juízo da Diretoria do Serviço de Enfermagem' 'Os Enfermeiros Pedicuros serão sujeitos apenas a exame, em relação a cuidados de asseio de desinfecção e de moléstia do pé...' ' O certificado a eles atribuído, nas condições deste Artigo, não dará outro direito que o do exercício da profissão especializada.
      O Sindicato dos Barbeiros do Estado de São Paulo emitiu o diploma de 'calista', até o ano de 1960, o qual era assinado pelo Enfermeiro Pedicuro João V. Sichette, e o presidente do sindicato. O curso teórico-científico era ministrado pelo Dr. Herculano Lemos, e as aulas práticas eram ministradas por um profissional experiente que exercia a profissão há alguns anos.

      Em 1957, a profissão passou a ser considerada como 'ATIVIDADE AFINS DA MEDICINA', e o Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia (SNFMF), órgão integrante do Departamento Nacional de Saúde (DNS), em sua Seção de Medicina, passou a fiscalizar, por intermédio das autoridades estaduais competentes, tudo quanto se relacionava ao exercício da medicina e das atividades afins, nas suas várias modalidades. Com passar do tempo foi exigido por nossos colegas que fosse criado um exame para um profissional mais especificado, com o respectivo diploma registrado em São Paulo no antigo Serviço de Fiscalização do Exercício Profissional.

      Em 1961, foi decretado que: 'Para o exercício da Medicina, Odontologia, Farmácia, Enfermagem ou outras profissões relacionadas com a arte de prevenir ou curar doentes é indispensável possuir o diploma ou certificado correspondente, outorgado por escola oficial, reconhecida ou equipada e estabelecimentos ou entidades outras, previstos ou autorizados em lei.
      Os Diplomas ou Certificados serão obrigatoriamente inscritos em registros especiais no órgão federal da saúde e seu congênere da unidade federada no qual ocorra o exercício do profissional. Estão sujeitos às sanções consignadas em lei todos os indivíduos que exerçam qualquer atividade das profissões previstas no artigo anterior, sem que para tal possuam o título legal correspondente devidamente registrado. A autoridade sanitária competente fiscalizará:
      a) o exercício das profissões de médico, farmacêutico, dentista, enfermeiro, obstetras, ótico,... pedicuro e outras afins, fazendo repressão ativa e permanente ao charlatanismo e ao curandeirismo;
      À autoridade sanitária compete licenciar e fiscalizar instalações e o funcionamento dos estabelecimentos que interessem à saúde pública.
      A autoridade sanitária competente deverá fiscalizar, fazendo repreensão ativa'.
      O exame passou a ser realizado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo até o ano de 1974. De 1975 a 1978 os novos formandos exerciam a profissão sem prestarem o exame final, pois houve discórdias entre a Santa Casa e o Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia (SNFMF).

      Em 04 de dezembro de 1964 foi fundada Associação Brasileira de Pedicuro - ABP, com finalidade de congregar toda a categoria profissional e promovê-la em todos os sentidos. Tinha sua sede à Rua 24 de maio, 35 - 12° andar, na cidade de São Paulo. Na época, era por um homem incansável e batalhador, com muito dinamismo: Pdgo. Lacy N. de Azevedo. Iniciam-se assim, na ABP, os primeiros cursos de ensinamentos práticos e teóricos aos candidatos ao exercício da profissão, sob a direção de conceituado médico.
      Posteriormente, em agosto de 1965, a diretoria da ABP, nomeou uma comissão e fez uma visita ao relator da Lei de Diretrizes e Bases, do Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo, com a finalidade de saber a qual categoria profissional nossa profissão havia sido anexada na mencionada lei. Para surpresa da comissão designada, foi a mesma informada que a profissão era inexistente para este órgão oficial, pois não existia legislação federal alguma a esse respeito, e fomos orientados na maneira como agir na esfera para conseguirmos a legalização e a regulamentação de nossa profissão.

      Em 1965, durante o VI Congresso Panamericano de Podologia, em Santiago do Chile, onde estavam reunidos países componentes da Confederação Latino Americana de Podologia, ficou determinado que o nome PEDICURO desapareceria, sendo substituído por 'PODÓLOGO'. Lamentavelmente, no Brasil, esse título ficou esquecido por 18 anos.
      A Associação Brasileira de Pedicuros - ABP, dirigiu ao Diretor do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia (SNFMF) um requerimento, solicitando regulamentação específica da profissão de PEDICURO, seguindo exemplo de outras profissões. Nesse apelo a ABP, solicitou a expedição de uma portaria que estabelecesse normas disciplinando, regulamentando e fiscalizando o exercício da atividade de Pedicuro em todo o território Nacional. Pleiteou ainda o reconhecimento e a devida inscrição no Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia (SNFMF), dos certificados e diplomas, quer dos Enfermeiros Práticos Licenciados, quer dos Enfermeiros Pedicuros, que haviam sido durante anos expedidos pelas Autoridades Estaduais, a fim de ficarem tais profissionais automaticamente habilitados aos exercícios de suas atividades.
      Foram solicitados, também, alguns anos após, pela Associação Brasileira de Pedicuros - ABP, através de requerimento junto ao Instituto Nacional de Providência Social (INPS), a melhoria no enquadramento previdenciário, de item 'outros não qualificados - um salário' para a categoria de Liberal (médicos, advogados...etc) = cinco salários', que era o máximo existente na época. Essa melhoria foi aceita e aplicada.

      Em 1972, o Instituto Nacional de Providência Social (INPS), reformula todo o esquema de qualificação e enquadramento de contribuição e benefícios, ratificando o Pedicuro como Liberal, podendo contribuir e requerer os benefícios até o máximo de vinte salários.
      Após muitos estudos e trabalhos dos nossos colegas, conseguiu-se aprovar uma Portaria de âmbito FEDERAL, que baixava normas para a inscrição de certificado de Pedicuro, válidos para todo território nacional, que dizia também: 'Entende-se como Pedicuro o profissional habilitado a cuidar das infecções superficiais dos pés.... O tempo de exercício na profissão pode ser comprovado mediante a apresentação de qualquer um desses documentos:
      a) carteira profissional devidamente anotada;
      b) alvará de localização em que se especifique a profissão;
      c) justificação jurídica.
      É atribuição ao Pedicuro extirpar calos, extirpar calosidades e cuidar de unha encravadas.'
      A ABP teve oportunidade de preparar os futuros colegas no sentido de melhorar a formação, o padrão profissional e a ética para serem formados e, assim, serem profissionais devidamente habilitados e regulamentados, sendo que o exame era feito conforme desígnio de Portaria específica.
      Essa Portaria abriu espaço a todos profissionais que ainda não estavam inscritos no SNFMF - Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia. Deveriam requerer nos órgãos competentes o registro do seu diploma, após a comprovação de que o mesmo se encontra regularmente registrado na Secretaria Estadual de Educação.

      Em 1975, a ABP começou a trabalhar para sairmos definitivamente do Sindicato dos Barbeiros, quando foi determinado pela Comissão de Enquadramento Sindical que passássemos a nos filiar ao Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde de São Paulo, grupo 4 - Empregados em Turismo e Hospitalidade - do Plano da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio. Até o ano de 1980 recolhia-se Imposto Sindical dos profissionais empregados e autônomos da Pedicuria (para se obter Alvará de Funcionamento, Vistoria e o Termo de Responsabilidade pelo Gabinete de Pedicuro), junto a esse Sindicato, que posteriormente passou a não aceitar os novos profissionais como sócios. Passamos então a recolher os impostos diretamente no Ministério do Trabalho.

      No Rio Grande do Sul, precisamente em Porto Alegre, um grupo de Podólogos entraram com requerimento junto à Secretaria de Estado da Saúde, para conseguirem cadastrar-se junto à Unidade de Fiscalização, como Pedicuro. A eles foram exigidas novas provas de habilitação, e conseguiram Alvará de Licença de 1977 a 1995. Hoje, o Departamento de Proteção à Saúde, órgão da Secretaria da Saúde, não expede mais licença de funcionamento, o que faz com que muitas pessoas sem habilitação, com 'curso de olhômetro', trabalhem livremente.
      Em 2000 o Centro em Educação em Saúde Senac da cidade de Porto Alegre - RS, inicia o Curso de Qualificação Profissional I - Pedicuro.

      O Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, através do seu Departamento de Desenvolvimento de Cursos, iniciou em 1976, uma pesquisa junto à ABP e vários colegas Pedicuros, com a finalidade de criar um curso de Pedicuro. O Curso de Qualificação Profissional I - Pedicuro, teve início em 1978, autorizado por Lei Federal e normatizado pelo Conselho Estadual de Educação de SP, tendo carga hora de 490 h.a.
      As primeiras turmas de formandos do Senac/Tiradentes Centro de Desenvolvimento Profissional 'Ângelo Raphael Lentini' foram impedidas de exercer a profissão pelos fiscais do CVS (Centro de Vigilância Sanitária), Órgão da Secretaria da Saúde, alegando não constarem registros nos diplomas. O CVS não tinha o conhecimento do Decreto Federal, onde em um de seus Artigos, constava: 'Ficam dispensados de registro... os certificados... referentes às profissões referentes à saúde'.
      A ABP consegue, através de Parecer do Conselho Estadual de Educação, que os Pedicuros possam ter o exercício da profissão legalmente, apresentando o Certificado expedido pelo SENAC, ou outro órgão que venha a ser autorizado a ministrá-lo sem o registro. Uma iniciativa louvável da ABP e de seu Presidente na época, Pdgo. Pedro Pistori e diretoria.

      Em 1986, a Associação Brasileira de Pedicuros - ABP, passou a ser denominada Associação Brasileira de Podólogos-ABP.

      Em 1988, a Associação Brasileira de Podólogos - ABP é convidada pela Secretaria de Estado de São Paulo, através do Centro de Vigilância Sanitária, a participar da elaboração do CÓDIGO SANITÁRIO DO PODÓLOGO DO ESTADO DE SÃO PAULO, necessário para a instalação de gabinete de Podólogo (Pedicuro), com uma Comissão de Saúde formada pelos Pdgos. Lacy N. de Azevedo, Pedro Pistori e Orlando Madella Jr, juntamente com uma equipe médica chefiada pela Diretora Técnica do Grupo Clínico e Terapêutico, Dra. Isaura Cristina de Miranda Portela. Esse Código foi estudado durante 5 anos. 1º Congresso Brasileiro de Podologia.

      Em 1991, os Pdgos Jair Causo e José C. Ramos (Presidente e Vice) dão início aos congressos no Brasil, em São Paulo. Foi realizado pela ABP o 1° Congresso Brasileiro de Podologia no auditório Senac/Tiradentes Centro de Desenvolvimento Profissional 'Ângelo Raphael Lentini'.
      No mesmo ano, na Associação Brasileira de Podólogos - ABP - assume a Diretoria da CLP - Confederación Latino-americana de Podologia - e tem o compromisso de no final de sua gestão realizar o VIII Congresso Latino-Americano de Podologia.
      A diretoria da Associação Brasileira de Podólogos - ABP, em reunião formal conforme consta em ata de reunião de diretoria, 'Foi exposto à mesa a solicitação para a mudança do nome de PEDICURO para PODÓLOGO, sendo encaminhado à inclusão do protocolo para a área correspondente, em seguida expor a idéia ao Senac, ampliando também ao próprio curso, colocando-o num plano mais elevado'.
      A diretoria da ABP tambem resolveu dedicar-se ao trabalho de implantar de vez o termos PODOLOGIA E PODÓLOGO na sociedade Brasileira, uma vez que já havia assumido esse compromisso ético com os colegas das associações latino-americanas de uniformizar de vez a denominação profissional.

      Em 1993, foi aprovada a Portaria Centro de Vigilância Sanitária - CVS, que dispõe sobre o funcionamento dos estabelecimentos que exercem atividade de Podólogo (Pedicuro).
Dispõe sobre o funcionamento dos estabelecimentos que exercem atividade de Podólogo (Pedicuro). A Diretoria Técnica do CVS, considerando que o risco de se contrair infecções em estabelecimentos de atenção de podólogos está diretamente ligado à não observância de precauções universais de biosegurança; os meios de desinfecção dos estabelecimentos de atendimento de podólogos; é preocupação das autoridades sanitárias a determinação de medidas eficazes para o controle de doenças transmissíveis; é dever da autoridade sanitária intervir sempre que houver possibilidade de ameaça à saúde pública; a atividade desenvolvida por esses estabelecimentos pode ocasionar danos à saúde da população; a legislação sanitária vigente não estabelece normas para as atividades desenvolvidas de Podologia; os locais onde é exercida a atividade deverão possuir dimensões e condições técnicas adequadas à função; finalmente, a necessidade de normatizar e padronizar em toda a rede do SUS o funcionamento dos estabelecimentos objeto desta Portaria, resolve:
      Artigo 1º - O estabelecimento, agora denominado Gabinete de Podólogo (Pedicuro), além das exigências referentes à habitação e aos estabelecimentos em geral, deverá possuir:
      I - área mínima de 2.5 metros quadrados, com largura mínima de 2,5 metros com área mínima de 5 metros quadrados para cada cadeira adicional;
      II - piso de material liso, resistente e impermeável;
      III - paredes e forros pintados de cor clara, com tinta lavável;
      IV - compartimentos de atendimento separados por divisórias de no mínimo 2 metros de altura;
      V - instalações sanitárias apropriadas;
      VI - estufa graduada até 200 graus centígrados para esterilização. Curso Técnico em Podologia

      Em 1995, no Senac-SP começou pesquisar o Curso Técnico em Podologia. Consultores estiveram reunidos na ABP e nos gabinetes dos profissionais. Esse curso - Curso de Qualificação Profissional IV - Habilitação Plena de Técnico em Podologia de Ensino 2º grau, com validade e o direito de prosseguir estudo em nível superior, com uma carga horária de no mínimo 940 horas, em 1997 teve seu início.
      Nesse mesmo ano a Comissão Cientifica da Associação Brasileira de Podólogos - ABP, formada pelos Pdgos. Orlando Madella Jr, Pedro Pistori e Joaquim F. Augusto elaboram o Livreto 'Limpeza Desinfecção e Esterilização de Podologia'.

   .

      Em 1999, o Senac - Centro em Educação em Saúde, Unidade Tiradentes, passou a ministrar o Curso de Complementação de Técnico em Podologia para todos os Profissionais que houvessem concluído o Curso de Qualificação I de Pedicuro, com carga horária de 654 horas.
      Através do Deputado Federal Luiz Antonio Fleury F° (ex-governador de São Paulo), em 1999, a ABP busca novamente a Regulamentação da profissão de Podólogo. Solicita-se elaboração de um projeto de lei regulamentando a profissão de podólogo com a respectiva criação dos conselhos federais e regionais.

      A partir de 2000, pela reformulação para definir as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico pela definição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional os Cursos Técnicos em Podologia terão carga horária mínima de aula de 1200 horas.
      O Curso de Qualificação Profissional IV - Habilitação Plena de Técnico em Podologia, ministrado pelo Senac - Centro de Desenvolvimento Profissional, na cidade de Curitiba, teve seu início no ano de 2000.
      Nesse mesmo ano representantes da ABP e do Senac/SP discutiram com membros da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a inclusão da profissão de Podólogo no novo CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), órgão esse que classifica os empregos do mercado de trabalho brasileiro. A profissão de Podólogo não consta no CBO. 

  A Universidade Anhembi Morumbi inicia 2001 o Curso Superior Sequencial de Podologia.

    Em 2008  Universidade Anhembi Morumbi inicia o Curso Técnólogo de Podologia.  Tenho a honra de participar da 1° turma de formante, 2009. Em 2012 a mesma entidade passou o curso para Bacharelado com duração de  3 anos.

   Sobre a regulamentação, Projeto de Lei 6042/05, do deputado José Mentor (PT-SP) tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pela comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.  

 GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. INSTITUI PISOS SALARIAIS NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PARA AS CATEGORIAS PROFISSIONAIS QUE MENCIONA E ESTABELECE OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

LEI Nº 6983 DE 31 DE MARÇO DE 2015

Art. 1º - IV - R$ 1.058,89 (um mil, cinquenta e oito reais e oitenta e nove centavos) - Para trabalhadores em podologia;

Regulamentação da profissão de Podólogos no Estado de São Paulo. LEI Nº 16.763, DE 11 DE JUNHO DE 2018 (Projeto de lei nº 661, de 2015, do Deputado André do Prado - PR) Dispõe sobre o exercício da profissão de podólogo no Estado e dá outras providências.

 EAD - Educação a Distância- Técnico /Tecnólogo/ Bcharelado em Podologia- Curso autorizado pelo MEC.   Em 1996, aprovados pela  Secretaria de Educação a Distância (SEED), do Ministério da Educação (MEC). As instituições (escolas) passaram a utilizar a internet aprendendo através do Ensino a Distância em seus notebooks, tablets e celulares  para publicar conteúdos e promover interações.  Naquele mesmo ano o EAD no Brasil passou a contar com uma legislação abrangente que hoje garante, por exemplo, a validade de diplomas emitidos pelos cursos nesta modalidade.

 

      Como estamos hoje ?
      Nós profissionais da área de podologia já fomos: Andarilhos Calista, Raspadores, Curadores, Operadores de Calos, Calistas, Enfermeiros-Pedicuros e alguns de nós somos, agora, Pedicuro com o titulo de Podólogo. Apartir de 2009 somos Podologista. A luta continua para que se dê à profissão a importância que ela merece. Hoje se exige do profissional da área podologica uma habilitação com escolaridade. Na prática diária, é imprescindível a arte de bem manusear de lâminas de corte, brocas, Laser, agentes químicos, medicamentos de uso tópico... É uma grande responsabilidade, por isso é necessário estar buscando novos conhecimentos diariamente.

      Esta matéria, em forma de pesquisa, foi autorizada pela diretoria da Associação Brasileira de Podólogos e consta no livro de ATA do dia 17/09/2001, em reunião de diretoria, segundo seu Estatuto no artigo 14.

      Pesquisas:
      - Boletim Informativo da ABP, Informativo O PODÓLOGO e Livros de Atas da ABP
      - Apostila Apuntes Podológicos da Union Pedicuros - Podólogos de Cordoba (Argentina)
      - Diário Oficial (municipal SP, estadual SP e federal)
      - Pesquisador Podologista /Pdgo Orlando Madella Jr (Site:www.podologiabr.com )
      - Revisão Pdga Walquiria F. Ferreira

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Podólogo Orlando Madella Jr.
Av. Paulista, 807 - Conj. 1012
Fone: (11) 3266-4710

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